[Terra Plana] Por que os GPS não localizam aviões e navios acidentados

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Acredito que por conta de uma sÉrie de vÁ­deos que fiz no Youtube, intitulados “SatÉlites existem mesmo que a Terra seja Plana”, recebi o seguinte e-mail com questionamento do leitor Valmir:

Vi uma matÉria no seu blog sobre satÉlite. Só uma curiosidade, porque com tanta tecnologia não existe um Áºnico satÉlite que monitora navios e aviões? Lembra quantos acidentes no mar e ninguÉm faz ideia de onde caiu. Quando nunca mais encontram. Só se ouve falar ” Áºltimo contato com o radar” muito estanho vc na acha ?
Agradeço se me sanar essa dÁºvida.
Abraços

Leia: SatÉlites Existem mesmo se a Terra for Plana

Mesmo se considerarmos que há dificuldades para o rastreamento de geolocalização dos veÁ­culos citados pelo Valmir, devo considerar que estas dificuldades não deveriam ser empecilhos assim tão dificultosos para que em muitas situações se torne praticamente impossÁ­vel a localização dos aviões ou navios acidentados somente com a ajuda de rastreamento GPS.

Vamos lá falar de algumas destas dificuldades: não É somente o fato de haver a tecnologia do GPS presente em todo o planeta e alÉm desta as tecnologias que replicam tÉcnica de geolocalização semelhantes, como a constelação de satÉlite Galileo e o Beidou; não É somente o fato de existir sinal permanente destas tecnologias que a localização dos veÁ­culos acidentados em qualquer ponto do planeta está garantido. Há tambÉm a necessidade de haver tecnologia de comunicação para que seja possÁ­vel a transmissão da geolocalização do veÁ­culo, no ponto onde ele se encontra, mesmo acidentado; para a central de monitoramento que irá acionar a operação de resgate daquele veÁ­culo e tripulação.

Há que se considerar então que existam nos veÁ­culos citados aparelho dotado das duas tecnologias e que elas estejam ativas para que ocorra a geolocalização monitorada em tempo real. Consideremos, a tecnologia GPS É de uso barato e farto, mais que isto, todos os aviões e navios a usam para que seus pilotos possam guiar as suas naves/embarcações seguindo uma rota correta. No entanto a tecnologia de telecomunicação móvel varia bastante de valor e disponibilidade, dependendo do local onde se deseja usar esta tecnologia.

Pensando nestes fatores, devemos então considerar que as frotas de aviões e navios de uso comercial mais “pesado” usam o sistema de geolocalização monitorada e podem ser encontrados em tempo real para a quase totalidade das viagens que executam, com excessão de algumas áreas em especial. Já muitas das pequenas embarcações e dos pequenos aviões costumam optar por não usar a geolocalização monitorada justamente pelo motivo do elevado valor que pagariam para tal e tambÉm por executarem rotas que em geral são menores onde É possÁ­vel que se faça uma localização calculada da rota prevendo um possÁ­vel local do acidente, se este ocorrer.

As grandes aeronaves/embarcações só terão problemas de geolocalização monitorada naqueles locais onde há vegetação hostil, por exemplo, uma floresta com vegetação mais densa e alta consegue ocultar destroços de um avião com grande facilidade, dificultando o trabalho de uma equipe de resgate se a caixa preta do avião se deslocar para muito distante dos principais destroços. A mesma dificuldade pode ocorrer em locais onde o acidente ocorra na água; rios, mar e outros onde haja uma correnteza e profundidade consideríel podem espalhar rapidamente os destroços por muitos quilômetros de distÁ¢ncia, promover um rápido afundamento de destroços de tamanho maior e bloquear ou confundir o sinal de localização por rádio do veÁ­culo acidentado, fazendo a equipe de resgate se desviar por dezenas e atÉ centenas de quilômetros fora do real local do acidente.

Quanto mais isolada e homogênea É a área geográfica onde o acidente ocorreu, mais complicado fica.

Há tambÉm que se falar que há questões polÁ­ticas em algumas regiões do planeta que levam as autoridades a não informarem com veracidade questões que envolvem alguns acidentes com aviões ou navios, ocultando o que realmente ocorreu em determinados acidentes.

Ainda em se tratando de questões polÁ­ticas, há tambÉm algumas regiões do planeta que são áreas de sombra para o sinal dos satÉlites pois as forças militares destes lugares usam tecnologia de bloqueio ou embaralhamento do sinal destes satÉlites. A RÁºssia declaradamente usa este tipo de tecnologia de embaralhamento de sinal dos satÉlites de comunicação e GPS alegando, para isto, a proteção da privacidade de algumas de suas autoridades governamentais.

Para alÉm disto, esta questão de se encontrar/monitorar ou não aviões ou navios ainda lida com diversos outros detalhes. TambÉm lida com diversos mitos, como o mito de que não É fácil ou possÁ­vel localizar “todas” as aeronaves ou navios acidentados, o que, felizmente, É somente um mito. A realidade É que, em se considerando a quantidade de aviões e navios em operação no mundo e em se considerando a quantidade de acidentes envolvendo estes tipos de veÁ­culos, apenas uma porcentagem muito pequena dos acidentes com estes aparelhos realmente gerou grandes dificuldades de localização, muitas destas dificuldades por fatores citados acima.

A maioria dos acidentes são rapidamente localizados, principalmente quando ocorrem em áreas mais urbanizadas.

Felizmente estes acidentes não são tão frequentes quanto a mitologia tambÉm dá a entender.

Um abraço a todos e continuem conosco.

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