Todo mundo conhece pelo menos uma pessoa que descobriu o filão de fazer compras nos Estados Unidos para revender aqui no Brasil, são sacoleiros de luxo que vão buscar novidades e produtos de melhor qualidade na AmÉrica do Norte e revender com um bom lucro por aqui.
O problema É que estes sacoleiros, ao mesmo molde do que acontece com os que vão buscar mercadorias no Paraguai, não respeitam as cotas de importação e usam todo tipo de truque possÁvel para não recolher impostos sobre as mercadorias que excedem a cota.
E É claro, É proibido comprar mercadorias em outros paÁses para revender no Brasil se você não tiver uma empresa constituÁda para tal fim e recolher todos os impostos necessários.
E para acabar com a alegria dos sacoleiros que vão comprar na AmÉrica, a Receita Federal resolveu usar a tecnologia de reconhecimento facial em todos os aeroportos internacionais do Brasil.
O sistema É capaz de reconhecer o rosto de qualquer pessoa atravÉs de imagens de cÁ¢meras que são captadas e analisadas em tempo real, desta maneira a alfandega poderá analisar com muito mais rapidez todas as pessoas que fazem viagens internacionais para comprar e revender produtos no Brasil sem a necessidade de barrar revistar a bagagem de todos os passageiros de um voo internacional.
Para que o sistema funcione a Receita Federal precisa da cooperação das companhias aÉreas, estas devem concordar em passar para a RF a informação de todos os passageiros que estão nos voos internacionais, inclusive o nome completo e quantos volumes de bagagem carregam. A RF irá cruzar estes dados com o reconhecimento facial para detectar os suspeitos.
As cÁ¢meras do sistema de reconhecimento facial deverão ser instaladas nas saÁdas das docas dos voos e os passageiros serão identificados enquanto caminham, tendo seus rostos cruzados com as informações do passaporte.
Desta maneira, os passageiros de um voo internacional serão obrigados a respeitarem a cota de US$ 500 mensal ao chegarem ao paÁs.
Será o fim dos sacoleiros de produtos vindos dos Estados Unidos?