Avalie este artigo [starrater tpl=10]
O satÉlite Amazonas 1, que atuou durante muito tempo na posição orbital 61ºW ao lado do satÉlite Amazonas 2 e posteriormente Amazonas 3, foi retirado desta posição com informações de diminuição da sua capacidade de transmissão e problemas pontuais.
O satÉlite foi deslocado em direção ao leste, para ficar mais próximo Á Europa e no primeiro trimestre foi anunciado que o Amazonas 1 seria usado para a transmissão dos jogos da Copa do Mundo para as emissoras associadas ao grupo Hispasat.
Parecia ser este o Áºltimo suspiro de vida do satÉlite Amazonas 1, mas surpreendentemente, não É.
O grupo Hispasat, dono do satÉlite, representado no Brasil pela Hispamar, que É quem administra o satÉlite Amazonas 1, anunciou um acordo com a Intelsat, dona, entre outros, dos satÉlite Galaxy 11, que transmite a GVT TV, e do Intelsat 11, que transmite a Sky.
E É, inicialmente, na posição do satÉlite Galaxy 11, o primeiro teste desta parceria, pois a Intelsat cede espaço nesta posição, 55,5ºW, para o satÉlite Amazonas 1, da Hispasat.
Nesta posição a Hispasat vai fazer link para as transmissões da Copa do Mundo, e posteriormente, reforçar a capacidade de transmissão de canais para as operadoras de TV por assinatura na AmÉrica Latina.
Mas É interessante salientar que para a transmissão da Copa do Mundo o Amazonas 1 ainda tem capacidade suficiente, pois esta transmissão não irá exigir tanto do satÉlite.
Já para a transmissão de pacotes de canais para operadoras de tv, provavelmente, não será possÁvel utilizar o Amazonas 1, pois ele já foi retirado da posição 61ºW por ter diminuÁdo a sua capacidade de transmissão naquela posição, que segue ainda deficiente de transpondes, frente aos recentes problemas enfrentados pelo satÉlite Amazonas 4A, que foi lançado em março para ocupar tambÉm a posição 61ºW.
A parceria entre Hispasat e Intelsat, então, nos faz entender que o objetivo principal não É reaproveitar o satÉlite Amazonas 1 e muito menos reforçar a posição 55,5ºW.
O que com certeza estão de olho as duas empresas É fazer frente Á concorrência de outras grandes administradoras de satÉlite como a Embratel e a SES, já que novas operadoras de tv por assinatura vão surgir na AmÉrica Latina, ainda sem terem definido os satÉlites que deverão usar, e tambÉm as atuais operadoras precisam de mais satÉlites para fazer frente Á concorrência das antigas e novas operadoras.
Tanto Intelsat quanto Hispasat tem importantes posições orbitais na AmÉrica Latina que podem, inclusive, fazer enlaces com a Europa.
Esta parceria entre as duas abre a possibilidade de lançamento de mais satÉlites para as duas administradores sem a necessidade de investirem grandes quantias de dinheiro nos leilões de posições orbitais feitos pelo governo brasileiro.
Irão as outras administradoras de satÉlite se mexerem em relação a isto?